Ex-prefeito de Araçariguama é condenado em São Roque por droga em carro de ex-vereador
Condenado a 6 anos de prisão por mandar colocar drogas no carro de um vereador
16/07/2022 15h54 - Atualizado em 16/07/2022 às 15h54
Divulgação
O ex-prefeito de Araçariguama, Roque Normélio Hoffmann, conhecido como Roque da Reflet, foi condenado a 6 anos de prisão por mandar colocar drogas no carro de um vereador em 2009. A condenação foi publicada no Fórum de São Roque, no dia 1º de julho.
O juiz Flavio Roberto de Carvalho condenou, além do ex-prefeito, um ex-servidor da Prefeitura de Araçariguama, Ivair Serafim dos Anjos, a sete anos e quatro meses, concluindo que Ivair, com auxílio de um outro envolvido, que morreu durante a tramitação do caso, adquiriu droga e a escondeu no veículo do ex-vereador Carlos Romero Francisco de Oliveira, conhecido como Carlos do Santa Ella, quando foi acionada a polícia, o que levou à prisão em flagrante. Na decisão do juiz, ele destacou que chamou a atenção que a prisão de Carlos teria afastado o principal adversário político de Roque, ou seja, que teria existido benefício em favor do acusado com a manobra apoiada e executada por Ivair que na época trabalhava junto ao réu, de acordo com o juiz Flavio Carvalho.
Na sentença foi constatado que o tráfico ocorreu quando o objetivo era colocar drogas no veículo do vereador e que ameaças foram cometidas quando já estava em curso a investigação policial, sentenciando que diante das circunstâncias subjetivas negativas dos réus e das penas aplicadas, fixo para ambos, o regime fechado para início de cumprimento de pena.
A sentença condenatória é ível de recurso e os advogados de defesa explicam que a decisão do juiz será reformada, como alegado pelo advogado do ex-prefeito Roque Normélio Hoffmann, Luciano Santoro, que defendeu que o ex-prefeito Roque Normélio Hoffmann não teve nenhuma participação nos fatos imputados e a defesa confia que a decisão do juiz de piso será reformada, porque desassociada do conjunto probatório e juridicamente equivocada. De acordo com o advogado, o processo ainda será analisado pelo Tribunal de Justiça paulista e, neste momento, conforme manda a Constituição Federal, o ex-prefeito é inocente.
